Segundo o advogado da vítima, trata-se da maior indemnização recebida por uma única vítima de acidente rodoviário, ultrapassando pela primeira vez três milhões de euros.
Um tribunal penal de Madrid, Espanha, condenou Allianz a pagar 3,3 milhões de euros a uma mulher de 32 anos que sofreu danos cerebrais e que atualmente necessita de assistência 24 horas por dia, em consequência de um atropelamento numa passadeira sinalizada por um condutor seu segurado, avança o El Mundo.
Trata-se de uma indemnização no âmbito do seguro de responsabilidade civil contratado com o condutor infrator que foi condenado a seis meses e prisão e mais seis meses de proibição de conduzir automóveis e ciclomotores.
Segundo as declarações do advogado da vítima, Manuel Castellanos Piccirilli e diretor do escritório MCP Abogados, à agência Efe, trata-se da maior indemnização recebida por uma única vítima de acidente rodoviário, ultrapassando pela primeira vez os três milhões de euros, avança o El Mundo.
Os ferimentos sofridos provocaram graves danos cerebrais à vítima, que passou a necessitar de realizar exames médicos constantes e de tratamentos de fisioterapia e terapia da fala para o resto da sua vida.
Os ferimentos deixaram sequelas na vítima que foram avaliados em 99 pontos de 100 na escala legal de avaliação de danos corporais.
Além disso, a casa teve que ser adaptada para permitir a continuidade dos tratamentos paliativos. A decisão do tribunal concedeu também uma indemnização por danos materiais, como as despesas efetuadas durante a recuperação e a perda de rendimentos da lesada.
Quer a seguradora, quer a sociedade de advogados MCP Abogados vão recorrer da decisão do tribunal. A primeira por considerar excessivo o montante da indemnização que o juiz estima para “assistência a terceiros”, que calculou ser cerca de 13 horas por dia.
O segundo para a aplicação de juros de mora e por considerar que a cliente tem recebido cuidados durante 20 horas por dia, como tem vindo a necessitar nos últimos anos, avançou a Inese.
Fonte: ECO – SAPO