“O G20 será uma excelente oportunidade para reposicionarmos a visão do mundo sobre o Brasil em relação à sustentabilidade”, afirmou o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) Dyogo Oliveira, durante o Congresso RH Rio, realizado em 12 de junho, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.
O executivo participou do painel “Rio no centro das conversas do G20: Crescimento inclusivo para um futuro sustentável”, onde citou o papel do mercado de seguros frente às mudanças climáticas e o aumento da recorrência e da gravidade dos eventos climáticos.
As mudanças climáticas, que serão um tema chave na reunião da 19ª reunião do G20, que será realizada em 18 e 19 de novembro deste ano, no Rio de Janeiro, já são uma realidade perceptível em todo mundo.
Entretanto, advertiu o presidente da CNseg, os países e populações mais pobres são os mais afetados pelos eventos catastróficos.
Por isso existe a necessidade de desenvolvermos melhores mecanismos para lidar com esse fenômeno “e o seguro, como uma importante ferramenta de suporte à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, tem muito a contribuir nesse processo”, complementou.
O exemplo do Rio Grande do Sul é emblemático nesse sentido. O estado gaúcho vem sendo atingido por enchentes desde o ano passado, afetando milhares de famílias e acarretando inúmeras perdas.
Dyogo Oliveira cita que os produtos de seguro, como o Residencial, o Rural, o Automóvel e o Empresarial, ajudaram muitas famílias sulistas a se recomporem mais rapidamente.
Além disso, o mercado segurador tem desenvolvido novas soluções para proteger a sociedade das mudanças climáticas, entre elas, o projeto do Seguro Social contra Catástrofe e o seguro para infraestrutura urbana.
Atrelado às novas soluções desenvolvidas pelas seguradoras, a Confederação tem atuado de forma constante para ampliar a participação do seguro na sociedade brasileira.
O presidente da CNseg acredita que a comunicação, a informação e a formação são essenciais para aumentar a rede de segurados. “Quando o brasileiro contrata um financiamento, ele olha para a prestação para ver se cabe dentro do orçamento, mas ignora as taxas de juros. A sociedade que não tem seguro está mais sujeita a ter uma variação de qualidade de vida”, afirmou.
A sustentabilidade econômica, das relações e da sociedade são preocupações das maiores lideranças mundiais e esses temas estarão presentes na agenda do G20.
O mercado segurador tem sido convidado recorrentemente para participar desses debates, como foi o caso, em dezembro de 2023, em Dubai, na Conferência das Nações Unidas sobre a Mudanças Climáticas, a COP 28, quando a importância dos seguros para a infraestrutura urbana e para a segurança social foi abordada em vários painéis.
A cúpula do G20, no Rio de Janeiro, – assim como na COP 30, que será realizada em Belém, Pará – também contribuirá para que o Brasil possa alcançar uma maior representatividade nos órgãos de cooperação internacional, tais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho), com espaço para discussões mais favoráveis ao nosso País, o que, de acordo com o Dyogo Oliveira, “teria um impacto muito positivo no dia a dia dos brasileiros”.
O painel “Rio no centro das conversas do G20: Crescimento inclusivo para um futuro sustentável” também contou com a participação de Gisela Sender, diretora de Estratégia da Accenture.
Na abertura da mesa, a executiva destacou o papel do G20 como um fórum de cooperação Internacional que reúne 19 países dos cinco continentes, agregando dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
“A força tarefa composta por 130 membros trabalha em diferentes agendas, entre elas como preparar a força de trabalho para as mudanças que estão ocorrendo no mundo e a inovação e o crescimento sustentável”.
Voltado para profissionais de recursos humanos, gestores de pessoas e líderes de equipes, o congresso RH Rio 2024 foi promovido entre 11 e 12 de junho.
Fonte: CNseg