Eduardo Dal Ri, presidente da companhia, participou do programa “Diálogos CEO” para falar sobre as novidades e planejamento da seguradora
Em mais uma edição do programa “Diálogos CEO”, a Revista Apólice recebeu na tarde desta sexta-feira, 30 de setembro, Eduardo Dal Ri, CEO da HDI Seguros Brasil, para falar sobre inovação, mercado, produtos e serviços.
O executivo foi entrevistado pela jornalista Kelly Lubiato na sede da companhia em São Paulo, e comentou também sobre o planejamento da empresa para o futuro e a expectativa após a aquisição da operação de varejo da Sompo.
Dal Ri tem mais de 25 anos de experiência no mercado, e em sua primeira passagem pela HDI ele liderou a operação de seguros de automóveis no início dos anos 200.
Antes de retornar à seguradora como presidente, atuou como diretor executivo Comercial da Allianz no Brasil. “Fiquei fora da HDI por 11 anos e pude trabalhar com outros segmentos, seguradoras e participei de algumas aquisições.
Voltei para a empresa por ser um lugar fácil de trabalhar, e apesar de ser uma multinacional o Grupo acredita que a experiência local deve prevalecer, tendo total foco nas necessidades dos nossos parceiros e clientes” disse.
Com a aquisição da Sompo, a empresa aumentará o seu prêmio emitido em R$ 1.8 bilhão, alçando aproximadamente a marca de R$ 5.5 bilhões. O executivo afirmou que o Brasil está no foco do Grupo juntamente com a Polônia, México e Itália. “Não iremos parar por aqui com as aquisições.
Nesses países estamos com o olhar muito atento para novas oportunidades, além do crescimento orgânico da companhia. O Brasil é a principal operação da seguradora na América Latina e uma das mais importantes fora da Alemanha. O setor brasileiro tem um grande espaço para expansão devido às suas características”.
Questionado sobre os desafios dos seguros de Automóveis, Dal Ri reforçou que a HDI está trabalhando para resolver problemas como a alta sinistralidade, falta de prestadores na assistência 24 horas e o aumento da tabela FIPE. “Essa é uma carteira resiliente e que já passou por diversas crises.
Tivemos no começo da pandemia a diminuição de riscos, mas passado esse momento após a população voltar para as ruas todo o mercado foi desafiado. Apesar de trabalhamos com estatísticas, o seguro é um produto imprevisível.
Aqui na companhia reagimos rapidamente a isso, e 2022 está sendo um ano de recuperação para esse produto. Sem o brilhantismo dos nossos funcionários, corretores e assessorias não seria possível manter os clientes protegidos”.
O executivo também falou que, com as mudanças regulatórias promovidas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), a seguradora está trabalhando para desenvolver novos produtos para ser reconhecida em outros ramos. “Ouvindo a demanda dos parceiros, principalmente do interior, no próximo ano iremos entrar no produto Agrícola.
Já cobrimos o segmento de máquinas, mas vamos atender o cultivo também. Além disso, queremos investir em outras carteiras que não sejam as tradicionais. Um setor que temos bastante interesse é o Novos Riscos, e estamos conversando os corretores para que eles olhem para o seguro Celular, Pix, Bolsa Protegida e etc”.
Dal Ri ressaltou que os parceiros precisam estar engajados para que a companhia possa investir em outros produtos.
O executivo disse que outro desafio do mercado de seguros é a agilidade dos processos, que muitas vezes são burocráticos e acabam afastando os clientes. “O seguro atrelado a uma jornada também é um caminho para expandirmos o setor.
A tecnologia para mim é só um meio para conquistarmos um objetivo, e precisamos facilitar o fluxo operacional para deixar os corretores e assessorias mais livres para focarem na expansão da carteira.
Estamos estudando com a Sompo qual é a expectativa do corretor com a aquisição e a melhor maneira dele distribuir os seguros das duas empresas”.
O CEO da HDI Seguros também afirmou que a seguradora está conectada aos critérios ESG, e uma das iniciativas é o aumento da diversidade no quadro dos funcionários. Segundo Dal Ri, em 2022 50% dos novos executivos C-Level são mulheres e 60% da força de trabalho da empresa é feminina. “Ações como essa geram mais valor para a empresa”, disse.
Sobre as expectativas para o futuro, o executivo acredita que 2023 será um dos melhores anos para o mercado de seguros e que a companhia está focada em se adaptar após a aquisição da Sompo. “Queremos receber bem os novos parceiros e colaboradores.
Ano que vem será um ano de ainda mais investimentos, crescimento da nossa operação no Brasil e novas possibilidades de negócios”.
Veja o programa na íntegra: https://youtu.be/9r0MZD_Yw9E
Fonte: Nicole Fraga I Revista Apólice