No dia 5 de novembro, a CNseg, em parceria com o Sindseg-SP e a Academia Paulista de Letras, promoveu o seminário “Está Chegando o verão: mudanças climáticas, urbanização e vulnerabilidades — impactos no curto prazo”, em São Paulo. O evento contou com especialistas que contribuíram com o debate, na busca de alternativas para amenizar o impacto das catástrofes na sociedade.
Para Rivaldo Leite, presidente do Sindseg-SP, é preciso reforçar o quanto um contrato de apólice pode amenizar as perdas e trazer a proteção necessária para os envolvidos em um desastre climático.
“Precisamos analisar cada produto vigente no mercado, cada mudança climática. Essa discussão nos leva a termos responsabilidade. E o processo de criação nos produtos mais claros, para a população ter, cada vez mais, a consciência da importância de se ter uma apólice de seguros, após um momento tão difícil quanto esse”.
Segundo a diretora de sustentabilidade da CNseg, Cristina Barros, o verão chega e, inevitavelmente, traz catástrofes, deslizamentos e alagamentos. E a discussão girou em torno do que pode ser feito, para evitar os prejuízos.
“Ampliamos a discussão em relação ao que nós da indústria de seguros podemos fazer, para apoiar todas as iniciativas dos governos que já identificaram os riscos. Temos o compromisso de reforçar essas questões em relação ao que cada seguradora faz, na hora de proteger a população”.
Carlos Queiroz, diretor da Susep, mencionou a importância de debater o tema, com seriedade. “O conteúdo da palestra precisa ser debatido constantemente, porque as emergências climáticas são nítidas atualmente.
Tanto que percebemos a realidade das catástrofes naturais e, no contexto, compartilhamos a iniciativa das seguradoras e o que cada governo faz, para proteger e segurar os cidadãos”.
Antonio Penteado de Mendonça, presidente da Academia Paulista de Letras, afirmou que a razão do evento está em ampliar a discussão sobre as emergências climáticas existentes no país.
A ideia é discutir o que acontecerá no próximo mês, porque o verão está aí. Vai chover, vai inundar, vai desmoronar e vai morrer gente, ou seja, aquilo que acontece todos os anos no Brasil.
Saí do evento mais otimista do que entrei porque senti, principalmente por parte do governo e da academia, um interesse maior em estudar o tema, não teoricamente, mas pragmaticamente, para apresentar soluções que minimizem os danos tanto na área de prevenção como na área de indenização”.
De acordo com Fernando Simões, Diretor Executivo do Sindseg-SP, o evento foi um sucesso e já está em pauta a segunda edição para 2025. ‘’nós vamos repetir isso com certeza. Em outras vezes, no ano que vem, já estamos marcando um evento, antes da COP30. Eu acho que nós temos uma grande contribuição a trazer com esses conteúdos’’, pontuou Simões.
O encontro conscientizou a todos sobre a importância de uma preparação robusta por parte do poder público e a implementação de ações eficazes para minimizar os impactos desses eventos, em um período em que aumentam as preocupações com os desastres causados por chuvas intensas, agravadas pelas mudanças climáticas.
Fonte: CQCS | Karem Soares