Dados de comerciantes e transportadores mostraram que um grupo de seguradoras ocidentais que fornece cobertura aos petroleiros que transportam petróleo russo manteve o fluxo de petróleo, enquanto muitos no sector comercial disseram que o G-7 se retirou devido ao medo de quebrar as condições de limite de preço.
Dados vistos pela Reuters mostraram que cinco seguradoras, incluindo a American Club, a oeste da Inglaterra, com sede em Luxemburgo, e a Guarda da Noruega, forneceram cobertura para 10 navios-tanque que navegavam da Rússia para a Ásia este ano.
O American Club e o West of England forneceram seguro para dois navios – Geoisa e Orion I – que farão viagem semelhante no início de 2024.
Os dois navios adquiriram petróleo bruto da empresa petrolífera estatal russa Rosneft na região russa do Báltico e seguiram para a China, mostraram os dados.
O American Club disse que o navio com bandeira panamenha estava em sua lista de capa. West não comentou sobre navios-tanque específicos.
A Guarda Norueguesa, que os dados mostraram abranger um navio separado, também se recusou a comentar sobre navios específicos.
Três mútuas sem fins lucrativos que seguram navios contra poluição por petróleo, ferimentos e perda de vidas dizem que estão prestando um serviço aos seus membros.
O limite à provisão contínua por parte das seguradoras ocidentais para cobrir negócios petrolíferos russos específicos nunca foi relatado anteriormente, uma vez que o limite foi imposto em 2022, após a guerra na Ucrânia.
O limite, imposto pelas nações industrializadas do G-7 e seus aliados para limitar a capacidade de Moscovo de financiar a guerra, permite que as companhias de seguros e navios ocidentais participem no comércio de petróleo russo apenas se o preço do petróleo for de 60 dólares por barril. do que o barril.
Muitos dos que pararam de comercializar esse tipo de carga afirmaram que o fizeram porque não tinham a certeza do preço do petróleo transportado pelos navios que seguravam.
A Rússia, que proibiu as suas empresas de cumprir o limite de preço, vendeu o seu principal petróleo bruto Ural a uma média de 69,4 dólares por barril nos portos do Báltico até agora este ano, bem acima do limite de preço, mostram os dados.
Não se espera que seguradoras e armadores verifiquem o valor.
Em vez disso, as agências ocidentais de aplicação da lei, incluindo o Tesouro dos EUA, exigem que as companhias de seguros exijam às partes que compram e vendem petróleo bruto a chamada prova de que o petróleo foi vendido a um preço abaixo dos limites.
Processo ‘defeituoso’
O Grupo Internacional (IG) de clubes de P&I – que fornece seguros para 90% das frotas mundiais – disse em abril que o processo de verificação era falho e colocava seus membros em risco de violar o limite de valor.
O IG não respondeu a um pedido de comentário sobre os riscos desta história.
As seguradoras identificadas separadamente pela Reuters disseram que confiaram em cartas de verificação recebidas de participantes na negociação de que todas as ações eram legais e cumpriam as sanções ocidentais.
A Reuters não conseguiu entrar em contato com nenhuma das partes porque elas não foram identificadas devido à confidencialidade comercial.
O American Club, membro do IG, disse que não teve acesso direto às informações de preços quando forneceu cobertura ao navio-tanque Geoisa.
A Guarda disse que está contando com a verificação da faixa de preços e também examinando fontes adicionais de dados e informações. Ambas as empresas encaminharam outras questões ao IG na fronteira.
A pesquisa da Reuters baseada em dados de transporte e comércio mostrou que outros provedores de seguros para o petróleo russo incluíam a Maritime Mutual da Nova Zelândia e o London P&I Club, membro do IG.
A Maritime Mutual e a London P&I não responderam aos pedidos de comentários sobre os riscos potenciais.
No entanto, a Maritime Mutual, que não faz parte do Grupo IG, forneceu à Reuters uma cópia da sua apólice de seguro petrolífero russo e uma cópia em branco da carta de verificação, que diz que a cobertura será revertida se o carregamento violar os limites de valor.
A carta pede à empresa que procura cobertura – normalmente um afretador ou expedidor – que informe à sua seguradora o nome do navio, o seu porto e as datas de carga e descarga.
Solicita ao afretador que certifique que a remessa está em conformidade com o limite de valor, mas não exige que o preço pago seja incluído em qualquer parte da verificação.
West também disse à Reuters que o acordo de limite de preço trata os armadores e as seguradoras como participantes indiretos na transação, conhecida como nível três; Portanto, eles não têm obrigação de verificar os preços.
“Os afretadores/comerciantes nunca fornecerão informações (de preços) e divulgarão suas margens”, disse Tony Paulson, chefe e diretor corporativo da West Asia, ao Lloyd’s List Podcast no mês passado.
Guard, West P&I e American Club disseram que encerrariam a cobertura se se soubesse que a verificação estava incorreta e o preço ultrapassava os limites.
Fonte: Agenbrilink.net