Sindicato e Generali discutiram integração da Liberty

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A seguradora italiana continua a estudar o modo de integrar os colaboradores da Liberty na sua estrutura portuguesa. A haver saídas, o plano não está ainda definido.

Representantes da Generali em Portugal reuniram com dirigentes do STAS – Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora, sublinhando que o futuro dos funcionários da Liberty na Generali se encontra “em grande parte das situações ainda em fase de análise e de decisão”.

Em comunicado, o STAS refere que manifestou “a sua preocupação com a manutenção dos postos de trabalho e a existência de uma eventual redução dos ativos, foi esclarecido que um eventual plano de saídas não está ainda definido, nem em termos de condições, nem de timings”.

A antiga Liberty, que tinha sede em Madrid, foi adquirida pelo grupo italiano e designa-se agora Generali Seguros y Reaseguros, S.A. – Sucursal em Portugal, enquanto a Generali Seguros é uma companhia portuguesa que integra as marcas Generali Tranquilidade, LOGO e Açoreana.

Últimos dados prévios à compra pela Generali em 2023, indicavam que a Liberty em Portugal contava com 533 colaboradores, distribuídos entre a sede, em Lisboa, o Polo Técnico no Porto, e nas principais cidades do continente e ilhas. O sindicato afirma que foi atualizado “sobre o número atual de trabalhadores e respetivas faixas etárias”.

No que respeita a eventuais duplicações ou redundâncias de funções, o STAS foi esclarecido que “essa análise não está feita, sendo a mesma concretizada numa fase mais adiantada do processo”.

Outro tema abordado pelo STAS foi o do teletrabalho, tema especialmente relevante já que março de 2021 a Liberty propôs, com sucesso, aos colaboradores, a utilização definitiva do trabalho à distância em Portugal e Espanha.

Segundo o sindicato “apesar de o modelo futuro não estar ainda definido, haverá uma consulta às estruturas representativas dos trabalhadores e um envolvimento do STAS de forma a garantir que os direitos dos trabalhadores/as são salvaguardados, tendo o mesmo exigido participar no desenho do novo modelo de teletrabalho”.

Finalmente, uma outra questão abordada pelo STAS foi a da uniformização da negociação coletiva, uma vez que a Generali Seguros y Reaseguros SA – Sucursal em Portugal está abrangida pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do setor e a Generali Seguros SA por um Acordo de Empresa (AE) próprio.

O STAS foi ouvido pelos representantes da Generali em reunião de informação e consulta, prevista no Código de Trabalho, no âmbito do processo de transmissão de unidade económica.

https://eco.sapo.pt/2024/07/23/sindicato-e-generali-discutiram-integracao-da-liberty/

Fonte: ECO – SAPO