Acidente envolvendo alpinista brasileiro chama atenção para seguro de vida para esportistas de alto risco

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Conhecido por ser o primeiro brasileiro a escalar o Monte Everest, situado no continente asiático, Rodrigo Chaddad Raineri, de 55 anos, morreu após saltar de paraquedas no norte do Paquistão.

De acordo com informações divulgadas à imprensa, o alpinista decidiu praticar parapente quando o equipamento se rompeu, ocasionando a queda e a morte de Raineri na segunda montanha mais alta do mundo, o K2.

Em conversa com o CQCS, Rogério Araújo, fundador da TGL Consultoria, comentou se o seguro poderia ser acionado em casos como o do alpinista e como funciona o produto para atividades físicas de risco.

O fundador da TGL Consultoria pontuou que o Mercado de Seguros de Vida está em franca evolução, apresentando novos players e seguradoras dispostas a atuar no segmento.

Além disso, o especialista afirmou que, até pouco tempo atrás, a aceitação de profissionais que exercem atividades de risco e pessoas que praticam esportes radicais, como Raineri, era praticamente inexistente.

“Era raríssimo encontrar seguradoras que aceitassem ao menos avaliar esses casos, mas isso também está mudando”, explicou. “Com a facilidade de acesso a dados, companhias passaram a avaliar melhor esses riscos, precificá-los e oferecer coberturas parciais, excluindo os riscos com maior possibilidade de ocorrência”, complementou.

Apesar de não saber se o alpinista tinha ou não seguro, Rogério comentou que, se o atleta tivesse procurado o Mercado de Seguros de Vida, há alguns anos, provavelmente, estaria sem seguro de vida ou com exclusão desse risco.

“No entanto, se o contato foi mais recente, e informou a prática de esportes radicais à seguradora, é possível que ele tenha cobertura e os beneficiários serão indenizados”, falou.

Embora já haja a opção de contratação, o entrevistado comentou que a aceitação e até mesmo a avaliação são bem restritas. “Mas seguradoras especialistas como MAG, Omint, MAPFRE, já têm dado sinais de, ao menos, analisarem, avaliarem cada um dos riscos propostos”, ressaltou.

O especialista no segmento de Vida ainda reforçou a importância do segurado informar, no ato da contratação de uma apólice, a profissão, estado de saúde e a prática de esportes radicais.

“O seguro é baseado em uma relação de transparência e boa-fé, portanto, a seguradora precisa conhecer o risco que está aceitando. A omissão de dados certamente levará à recusa de um eventual processo de sinistro”, finalizou ele.

https://cqcs.com.br/noticia/acidente-envolvendo-alpinista-brasileiro-chama-atencao-para-seguro-de-vida-para-esportistas-de-alto-risco/

 Fonte: CQCS l Manuella Cavalcanti