As despesas administrativas (DA) são um componente importante nos custos das seguradoras e, em consequência, no seu resultado.
Elas correspondem, por exemplo, às despesas com os funcionários, com os serviços contratados, com o funcionamento da sua estrutura etc.
Nesse tipo de companhia, um indicador econômico muito usado é calcular a proporção desse custo em relação aos prêmios de seguros. De 2010 a 2023, esse indicador caiu 28%, o que mostra uma significativa melhora para as seguradoras.
De 2010 a 2013, houve uma queda relevante no indicador, passando de um patamar de 17,5% para um patamar de 14,5% (quanto menor, melhor).
“Esse foi um período de grande crescimento da economia e do próprio mercado segurador brasileiro. Por exemplo, de 2010 a 2013, o faturamento do setor de seguros variou 50%, resultando em ganhos de escala com relação a seus custos”, explica
De 2014 até 2020, uma fase caracterizada pela diminuição do crescimento da economia brasileira, agravada pela pandemia, o indicador de despesas administrativas estava no patamar de 15,5%, um ponto percentual acima do nível de 2014.
De 2021 até os dias de hoje, “temos um novo retrato, causado sobretudo pela transformação estratégica no segmento em um cenário pós-pandemia, além de certa recuperação econômica no país.
Assim, em três anos, passamos de um patamar médio de 15,5% para 12,5%. Uma queda de um ponto percentual por ano, uma variação bem relevante”, afirma Galiza.
O lucro líquido das seguradoras cresceu 77,9% nos dez primeiros meses de 2023 ante o mesmo intervalo de 2022, totalizando R$ 30,4 bilhões. É o que mostra a 37ª edição do Boletim IRB+Mercado, divulgada pela plataforma IRB+Inteligência.
A alta reflete o aumento de 9,8% dos prêmios emitidos e a queda de 9,1 pontos percentuais no índice de sinistralidade no mesmo período.
No ano passado, as seguradoras aplicaram aumentos superiores a 22%, muito superior à inflação de 2023, que foi de 4,72%, de acordo com o IPCA-15 (a inflação oficial só será divulgada em 11 de janeiro). Os planos de saúde individuais, que têm reajuste controlado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram autorizados a aumentar 9,63%.
https://cqcs.com.br/noticia/seguradoras-reduzem-em-28-indicador-de-despesas-administrativas/
Fonte: Monitor Mercantil I CQCS