Atenção no Seguro, por Gerson Anzzulin: Perspectivas positivas para o seguro rural

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O presidente da comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais, Joaquim Neto, prevê um cenário positivo para o seguro rural em 2023.

O otimismo está relacionado aos números. Em 2022 o segmento acumulou R$ 14,4 bilhões e expandiu 39,4%. No mesmo período o seguro agrícola (um dos ramos do seguro rural) arrecadou R$ 6,3 bilhões e cresceu 30,6%.

De acordo com dados divulgados pela Susep, o Rio Grande do Sul segue como um dos maiores contratantes do seguro rural no País.

Entre janeiro e abril, o Estado arrecadou R$ 498 milhões, fato que determinou um crescimento de 20,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado. O mercado gaúcho concentra atualmente 40,5% do total comercializado na região Sul.

Com o anúncio em breve do Plano Safra 2023/2024, pacote do governo federal de apoio ao agronegócio, Joaquim Neto acredita que o papel estratégico do PSR, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, ganhará mais destaque. “O setor de seguros está amparando o crescimento do agronegócio”, resume.

Apesar da previsão de eventos climáticos extremos para este ano, o presidente da comissão de Seguro Rural da FenSeg projeta para os próximos anos uma evolução de 30% do seguro rural, no mesmo ritmo do agronegócio.

“Nos últimos anos, tivemos incidência maior de La Niña, com seca nos Estados do Sul. Para 2023, a chegada do El Niño trará a perspectiva de seca para as regiões Norte e Nordeste. Mas o agricultor que investe mais em tecnologia, pode, através do seguro, se garantir dos eventos climáticos”, concluiu Joaquim Neto.

Recursos da Previdência Aberta e Capitalização vão impulsionar crédito para a sociedade

A Confederação Nacional das Seguradoras considera positiva a aprovação pela Câmara dos Deputados do PL 2250/2023.

O projeto de iniciativa do Poder Executivo permite a concessão pelos titulares das reservas constituídas em planos de previdência complementar aberta, seguros com cláusula de sobrevivência e títulos de capitalização como garantia para operações de crédito.

De acordo com o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, a medida é de extrema importância porque também dará maior dinamismo da atividade de financiamento. “Os valores acumulados nessas reservas ultrapassam a casa do R$ 1,4 trilhão.

Se imaginarmos que algo em torno de 5% desse montante seja oferecido como garantia de crédito, serão cerca de R$ 70 bilhões em uma modalidade que, por ter uma garantia de fácil execução, deverá ter uma taxa de juros bastante competitiva”, afirmou.

Oliveira destacou ainda que o segurado não precisará resgatar a parcela do seu capital alocado nesses produtos, o que poderia ser desvantajoso do ponto de vista tributário e mesmo financeiro.

Fonte: Jornal do Comércio