Hemorgs cadastra novos candidatos a doadores voluntários na Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea

Compartilhar nas redes sociais

Marina Wille de Souza aproveitou a oportunidade para se cadastrar no Redome: “Precisamos pelo menos tentar salvar uma vida”.

Em alusão à Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que acontece entre os dias 14 a 21 de dezembro, o Departamento Estadual de Sangue e Hemoderivados realizou, nesta terça-feira (14/12), cadastro de voluntários para doação na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Porto Alegre.

A ação da Secretaria da Saúde (SES) apoiou a realização da palestra do presidente do Instituto Pietro, Beto Albuquerque, de conscientização sobre a importância do maior número de pessoas estarem cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

São cerca de 80 doenças, principalmente anemias e a maior parte das leucemias, que se utilizam do transplante de medula óssea. A medula óssea é o líquido que ocupa o interior dos ossos, e é onde são produzidos os componentes do sangue (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas).

Um dos grandes desafios para o transplante deste tecido é encontrar pessoas compatíveis com quem está necessitando de uma nova medula, uma vez que, de acordo com Beto Albuquerque, são 10 variáveis genéticas que determinam se a doação pode ou não ser realizada. “A matéria-prima da doação são as pessoas e só tem um caminho para sabermos se há alguém que poderia salvar essa vida: se cadastrar no Redome no Hemocentro mais próximo”, falou Albuquerque. “É muito difícil encontrar doadores compatíveis.

É como buscar uma agulha no palheiro, por isso quanto mais pessoas e maior a representatividade racial presentes no Redome, mais fácil será salvarmos vidas”, completou o palestrante.

Para ser um possível doador de medula óssea, basta ir ao Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (Hemorgs), na Av. Bento Gonçalves, 3722, bairro Partenon, em Porto Alegre, de segunda a sexta feira, das 8h às 16h, ou outro hemocentro mais próximo, e pedir para ser doador de medula óssea.

Será feita uma coleta de sangue e os dados cadastrados no Redome. “Quando encontramos alguém compatível se faz contato com o candidato à doação para nova realização de exames, e somente depois disso é feita a coleta da medula de fato”, explica a coordenadora do setor de captação do Hemorgs, Gesiane Almansa. “O Brasil é o terceiro país com o cadastro mais completo no mundo.

A busca de doadores acontece simultaneamente no Redome e em outros registros internacionais. Da mesma maneira, pessoas de outros países também realizam busca de doadores no Brasil.

Ou seja, nossos voluntários podem ter a oportunidade de salvar vidas até mesmo fora do país”, acrescentou Gesiane. Ela ainda acrescenta que tão importante quanto à realização de novos cadastros é o candidato a doação já cadastrado manter seus dados atualizados, o que pode ser feito pelo site do Redome.

O procedimento de doação de medula óssea pode ser realizada de duas formas: por meio de máquinas, semelhante à doação de sangue, sem necessidade de anestesia ou internação; ou por meio de procedimento no centro cirúrgico, com punção com agulhas nos ossos da bacia, com uso de anestesia e 24h de internação.

A retirada de medula não causa qualquer comprometimento a saúde. “Quem define a forma que será realizada a retirada da medula é a equipe médica”, disse Gesiane.

A assistente de redação Marina Wille de Souza assistiu a palestra e aproveitou a oportunidade para se cadastrar no Redome: “Já sabia da possibilidade de ser candidata à doadora de medula óssea, mas não tinha ainda feito meu cadastro. Aproveitei a facilidade de ter pessoas coletando aqui. Precisamos pelo menos tentar salvar uma vida”, falou ela.

Mais informações em cadastro-de-doadores-voluntarios-de-medula-ossea

Fonte: Secretaria da Saúde RS – Foto: Marília Bissigo/Divulgação SES