Veículos elétricos devem gerar novas oportunidades de negócios para seguradoras e corretores

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A adesão aos veículos elétricos ainda é tímida no Brasil, mas a tendência vem ganhando força no exterior. Atualmente, 2% dos veículos vendidos no país são elétricos e, com isto, surge uma demanda de seguros para este tipo de veículo. “Mudar não é tão simples, mas é necessário se adaptar às necessidades sempre.

A tendência que caminhamos é para que haja veículos mais caros, com um prêmio mais caro”, projetou o Vice-presidente comercial e de marketing na Porto Seguro, Rivaldo Leite, durante o Connection – CCS-RJ.

Para o Responsável E-mobility Brasil na ENEL, Paulo Roberto Maison, o veículo elétrico em nada se compara com o veículo à combustão, somente na parte externa.

“Quando a tecnologia e o valor permitem, você eletrificar os equipamentos tornando-os mais eficientes, mais baratos, mais econômicos e duradouros. Já vimos acontecer com diversos itens.

Com o transporte ainda temos benefícios secundários como o fato de ele ser mais silencioso e não poluir, o que deve tornar a vida nas grandes cidades melhor”, salientou Maison.

Além disso, a maneira de carregar os veículos elétricos é mais segura e inteligente, uma vez que ele é carregado quando não está em uso. “Nosso grande desafio, eu avalio, é como tratar essa mudança na mobilidade urbana, levando em consideração que temos diversos setores muito fortes da economia envolvidos neste processo. Mas acredito que o grande inimigo ainda seja a desinformação”, disse o especialista.

Mas não são apenas as seguradoras que precisarão adaptar seu negócio. Toda a cadeia de prestação de serviço terá que mudar, lembrou a Diretora Comercial Regional RJ/ES da Allianz, Lívia Prata. “A nossa preocupação não é só com o consumidor, mas também toda a cadeia.

A previsão é que, até 2030, 1 a cada 10 veículos seja elétrico ou híbrido. No que diz respeito às seguradoras, estaremos apoiando o corretor e capacitando ele para atender às necessidades do cliente”, afirmou.

Os participantes também debateram os impactos da circular 639 da Susep, que trouxe novas possibilidades para o mercado de seguros. “Toda tentativa de inovação é muito boa porque mexe com o mercado e gera oportunidades.

A questão é o como fazer isso”, ponderou Leite. Para ele, as medidas foram tomadas com o objetivo de abranger mais consumidores e a flexibilização permite que o mercado desenvolva novas soluções para problemas dos clientes. “O cliente quando pensa em seguro, pensa em corretor de seguro.

Ele continua sendo o grande consultor do cliente. O grande desafio do corretor é continuar sendo este consultor e ampliando a sua atuação, oferecendo cada vez mais novos produtos e serviços”, concluiu Lívia.

Fonte: CQCS | Juliana Winge