Presidentes da CNseg e Federações associadas debatem desafios e oportunidades para o seguro durante e após a crise

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“Produtos de Seguro pós-Covid-19: adaptação ou revolução?” foi o tema do terceiro webinar da série “CNseg Webinars”, realizado na manhã de 13 de abril, reunindo os presidentes da CNseg, Marcio Coriolano; da FenSeg, Antonio Trindade; da FenaSaúde, João Alceu; da FenaPrevi, Jorge Nasser, e da FenaCap, Marcelo Farinha.

Abrindo os debates, o Presidente da CNseg lembrou que a indústria de seguros é considerada uma força essencial de estabilização da economia, principalmente em momentos de crise e, sem ela, os governantes não estarão suficientemente preparados para enfrentar crises como a de agora.

O Presidente da FenSeg afirmou que essa pandemia deve gerar um aumento da conscientização das pessoas em relação à necessidade de proteção por meio do seguro, podendo levar a um novo ciclo de crescimento no pós-crise. E para atender a essa demanda, o setor, que já vinha se modernizando e incorporando os avanços tecnológicos, deve acelerar esse processo. “O atendimento virtual, que parecia distante até outro dia, já é uma realidade”, exemplificou.

O Presidente da FenaPrevi informou que as plataformas digitais para venda de seguros já estão ganhando espaço nesse momento e seu papel deve se intensificar ainda mais. Entretanto, ressaltou, isso não elimina o papel do corretor, mas este não poderá mais se limitar ao papel de apresentar os produtos, necessitando tornar-se “um consultor com profundo conhecimento das necessidades dos clientes”.

O Presidente da FenaSaúde iniciou sua fala criticando o projeto do governo de gestão unificada de leitos por parte do SUS, alegando que isso iria desorganizar o setor privado. Como ponto positivo desse momento de pandemia, citou o fortalecimento da telemedicina, que finalmente foi regulamentada pelo Conselho Nacional de Medicina em todas as suas dimensões, como a de teleconsultas, telemonitoramentos, teletriagens e telediagnósticos, tendo apresentado resultados bastante satisfatórios. “Muitas operadoras evoluíram anos em poucos meses em relação a isso”, afirmou, concluindo que “a telemedicina veio para se consolidar”.

O presidente da FenaCap disse que o principal problema enfrentado pela Capitalização nesse momento está relacionado à distribuição, visto que a forma de entregar esse produto ainda está muito assentada na distribuição física. Entretanto, afirmou, “já nos demos conta que há outras formas de distribuição e essa crise irá acelerar o ambiente de transformação em que já vivíamos”.

Perguntados sobre quais os problemas que mais os afligem nesse momento, os presidentes das Federações associadas à CNseg foram unânimes em citar a judicialização e o excesso de projetos de lei com impactos no seguro nem sempre dimensionados pelos legisladores. “O seguro tem entre seus pilares o princípio da previsibilidade e os projetos de lei não podem desconsiderar essa questão para não criarem um ambiente de insegurança e imprevisibilidade sistêmica”, afirmou Jorge Nasser.

Concordando com o Presidente da FenaPrevi, Marcio Coriolano comentou sobre projetos que queiram inserir a proteção contra eventos catastróficos nas coberturas. “O seguro tem fundamentos universais, comandado por convicções técnicas e, em nenhum lugar do mundo, há cobertura para eventos catastróficos”, concluiu.

Assista abaixo à íntegra do webinar

https://youtu.be/iXEIvtplcj0

Fonte: CNSeg